Que espécie é esta: cobra-de-água-viperina

A leitora Filipa Sousa enviou-nos a foto de uma cobra que o irmão encontrou a 28 de Outubro em Amares e pediu ajuda na identificação. Luís Ceríaco responde.

“A cobra em questão foi descoberta esta manhã pelo meu irmão Pedro Sousa, ao lado do atrelado dele em Prozelo, Amares”, escreveu Filipa Sousa à Wilder.

“Gostaria de saber qual a espécie e se deveremos ter receio ou não de ela andar por ali nos campos de mirtilos.”

A espécie que observou é uma cobra-de-água-viperina (Natrix maura).

Espécie identificada por: Luís Ceríaco, especialista em répteis e investigador do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto.

A cobra em questão é um juvenil desta espécie, completamente inofensiva, disse o especialista.

Esta espécie vive um pouco por toda a parte em Portugal. É uma cobra de tamanho médio (entre os 60 e os 130 centímetros de comprimento) e pode ser castanha, cinza, verde ou amarelada, segundo o guia “Anfíbios e Répteis de Portugal”, lançado em Novembro de 2017.

Tem hábitos diurnos e está activa desde a Primavera até ao começo do Outono. Nos meses mais frios costuma hibernar.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.