Foto: Sofia Azevedo

Que espécie é esta: louro-cerejeiro

A leitora Sofia Azevedo fotografou uma árvore em Vila Nova de Gaia, a 28 de Abril, e pediu ajuda para saber a espécie. O Jardim Botânico da Universidade de Coimbra responde.

 

“Gostaria de saber que árvore é esta que se encontra no meu jardim. Conseguem ajudar-me na sua identificação? Os seus frutos costumam ficar vermelhos”, explicou Sofia Azevedo, na mensagem enviada à Wilder.

Trata-de de um louro-cerejeiro (Prunus laurocerasus), também conhecido por loiro-inglês, loureiro-real ou loureiro-romano. Pertence à família Rosaceae.

 

 

Espécie identificada e texto por: Filipe Covelo, colaborador do Jardim Botânico e do Herbário da Universidade de Coimbra (UC), no âmbito do projecto PRISC (Portuguese Research Infrastructure of Scientific Collections). O Jardim Botânico da UC tem a decorrer um projecto de consultas botânicas para o qual pode enviar as perguntas e dúvidas que tiver sobre plantas ([email protected]).

É um arbusto ou pequena árvore que pode atingir até 10 metros de altura, de corola branca e fruto (drupa) globoso a ovóide de cor vermelha, preta na maturação.

 

 

É uma espécie de bosques caducifólios, nativa do Este da Península Balcânica, Cáucaso, Turquia e Irão. É cultivada em regiões de clima temperado, tornando-se subespontânea em alguns locais, como por exemplo, na Mata do Bussaco.

Não confundir esta espécie com Prunus lusitanica subsp. lusitanica (azereiro), uma espécie nativa que se diferencia pelas folhas sem glândulas na página inferior, pelos pecíolos vermelho-escuros e pela inflorescência muito maior que as folhas.

 

[divider type=”thin”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.