“Heróis de Toda a Espécie” quer ganhar embaixadores nas escolas

Águia de Bonelli, cegonha-preta, lobo-ibérico, sobreiro, azevinho e medronheiro vão ser as personagens principais do projecto educativo “Heróis de Toda a Espécie”, dirigido a crianças do 3º e do 4º anos e que foi hoje lançado.

A ideia é converter os mais novos em “verdadeiros embaixadores” para a protecção da biodiversidade, através de uma iniciativa “concebida para complementar os programas escolares”, afirma uma nota que foi enviada pelo gabinete do secretário de Estado do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza, Miguel de Castro Neto.

A REN (Redes Energéticas Nacionais), empresa que lançou a iniciativa, com o apoio do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e da Direcção-Geral de Educação, apadrinhou um novo site com conteúdos relacionados.

Por exemplo, os professores (e os educadores em geral) têm acesso a guias com informação sobre cada uma das espécies nesta campanha, incluindo propostas de jogos e actividades que se podem fazer com as crianças.

Para os miúdos, há cartazes que podem ser impressos, com a imagem de cada espécie e algumas explicações, e ainda várias partes de um Jogo da Glória para ser montado em papel ou cartolina. Este jogo é também uma espécie de ‘quizz’: põe à prova os conhecimentos dos mais novos, com perguntas (e respostas) sobre os “heróis” da campanha.

Os conteúdos do site foram desenvolvidos pela Consulai e pela BIO3, com o apoio técnico da Quercus.

A nova iniciativa surgiu no âmbito de uma parceria estabelecida em 2008 entre a REN e o ICNF, ligada ao programa ‘Business & Biodiversity’. Estas parcerias juntam empresas, organizações não governamentais e entidades do Estado, com o objectivo de ajudar a financiar a conservação da biodiversidade através de projectos conjuntos.

Os responsáveis pelo “Heróis de Toda a Espécie” acreditam que este irá crescer e ter novas edições, com mais espécies de plantas e animais.

O projecto vai ser também candidato à marca Natural.PT.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.