A leitora Maria Alice Amaral fotografou esta planta a 3 de Abril em Nogueira do Cravo e pediu para saber qual a espécie. Carine Azevedo responde.
“Gostaria que me confirmassem se a plantinha da foto é um sobreiro, porque eu tenho dúvidas. Semeei outra coisa nesse vaso e estou na zona de Nogueira do Cravo”, escreveu a leitora à Wilder.
Tratar-se-á de uma alfarrobeira (Ceratonia siliqua).
Espécie identificada e texto por: Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.
Não se trata de um sobreiro (Quercus suber), espécie da família Fagaceae, cujas folhas são coriáceas e persistentes e ligeiramente onduladas. Possuem cor verde-escura na face superior e uma tonalidade mais clara na face inferior. O fruto do sobreiro é uma glande, conhecida também por bolota.
Diria que se trata de uma alfarrobeira (Ceratonia siliqua), uma espécie da família Fabaceae.
A alfarrobeira é uma espécie de leguminosa, cujas folhas são compostas por 1 a 5 pares de folíolos, ovados a elípticos, verde-escuras e bastante lustrosas na página superior, e verde pálido na inferior.
As flores são pequenas e numerosas e surgem dispostas em espiral ao longo de inflorescências, diretamente sobre o caule e ramos ou na axila das folhas.
O fruto é uma vagem verde, pendente, que pode atingir até 25 centímetros de comprimento e que se torna violáceo-castanha, quase negra, quando madura.
No interior, as vagens são formadas por uma polpa carnuda, pastosa e açucarada e por 10 a 16 sementes ovóides, castanho-claras a castanho-avermelhadas, brilhantes, achatadas e duras, conhecidas como alfarrobas.
Agora é a sua vez.
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