Que espécie é esta: borboleta nocturna Macrothylacia rubi

A leitora Diana Teixeira de Carvalho fotografou esta borboleta a pôr ovos a 18 de Abril em Grijó e quis saber qual a espécie a que pertence. Albano Soares dá-lhe a identificação.

 

“No dia 18 de Abril, por volta das 21h30, encontrámos esta borboleta a deixar uns ovos na borracha da nossa janela da sala. Não a conseguimos identificar, pois ela é muito maior do que as que costumamos ver por aqui. Tem cerca de 7, 8 cm de altura e talvez 4 cm de largura. Quando terminou de desova, voou e nunca mais a vimos”, descreveu a leitora à Wilder.

 

 

A espécie que observou é uma borboleta Macrothylacia rubi.

Espécie identificada e texto por: Albano Soares, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Esta é uma borboleta nocturna que pertence à família Lasiocampidae. Ocorre desde a Europa Ocidental à Ásia Central e Sibéria.

As asas dos machos têm uma envergadura de entre 40 e 65 milímetros. Normalmente, os machos têm as asas de uma acastanhado mais avermelhado e as fêmeas têm as asas mais pálidas e ligeiramente maiores.

As lagartas hibernam entre Setembro e Março. De Maio a Julho é o período de voo por excelência.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.