Que espécie é esta: crisálida de uma borboleta da família Pieridae

A leitora Clara Afonso fotografou esta crisálida a 16 de Agosto em Caminha e quis saber qual a espécie a que pertence. Albano Soares responde.

“Há alguns dias encontrei o casulo da imagem em anexo numa das folhas do maracujá que tenho no jardim/horta e gostaria de saber do que se trata. A foto foi tirada ao final da tarde em Vilarelho – Caminha”, escreveu a leitora à Wilder.

“Apesar de ser um cantinho pequeno (uns 20/30m2) tem bastante diversidade de pequenos animas porque temos alguns cuidados – plantando flores polinizadoras, adubando apenas com desperdícios da cozinha, tendo pouca quantidade mas muita diversidade nos pequenos cultivos, não usando insecticidas artificiais/nocivos para as pragas das árvores, etc”, acrescentou.

Trata-se da crisálida de um Pieridae, da borboleta branca grande da couve (Pieris brassicae) ou da pequena da couve (Pieris rapae).

Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

As lagartas destas borboletas alimentam-se de plantas, especialmente da família Brassicaceae mas de outras famílias também.

Quando as lagartas já estão bem desenvolvidas, abandonam a planta para procurarem um local para crisalidar, muitas vezes em paredes e muros das proximidades.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.


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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.