Que espécie é esta: lagarta da borboleta Marumba quercus

O leitor Paulo Alexandre fotografou esta borboleta a 28 de Julho de 2019 em Constância e pediu para saber a espécie. Eduardo Marabuto responde.

Trata-se de uma lagarta da borboleta nocturna Marumba quercus.

Espécie identificada por: Eduardo Marabuto, entomólogo.

Esta é uma espécie da família Sphingidae e pode ser observada por todo o país, ainda que “com baixas densidades populacionais, pelo que a sua presença pode passar despercebida por longos períodos”, segundo a Universidade de Évora. 

A borboleta ocorre desde o norte de África (Marrocos), Península Ibérica e todo o sul e centro da Europa até à Ásia.

Nos adultos – que são acastanhados -, as fêmeas são maiores do que os machos e a sua envergadura de asa pode chegar aos 125 milímetros.

As lagartas eclodem entre Maio e Setembro e alimentam-se de várias espécies de Quercus. “A pupação decorre em profundidade, em solo fino e arenoso. A pupa hiberna no solo durante o Inverno.”

O melhor período para observar estas borboletas é de Abril a Agosto. 

Recorde aqui um adulto desta espécie observado pelo leitor Luís Marques a 15 de Junho de 2020 em Coimbra.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.