Que espécie é esta: rã-verde

Duas turmas da EB1 de Penha Garcia encontraram este anfíbio a 25 de Maio de 2021 em Penha Garcia e pediram para saber a que espécie pertence. Filipe Ribeiro e Rui Rebelo respondem.

“A EB1 de Penha Garcia fez um passeio pelo Pêgo, em Penha Garcia, no dia 25 de maio de 2021 para estudar os fósseis de trilobites que aí se encontram e encontrou esta espécie da qual gostariam de saber mais informações, assim como o seu nome”, escreveram as Turmas A e B da EB1 de Penha Garcia à Wilder.

Trata-se da rã-verde-comum (Pelophylax perezi).

Espécie identificada por: Rui Rebelo, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e por Filipe Ribeiro (SIBIC-MARE – Projeto LIFE INVASAQUA).

Esta é uma espécie nativa e endémica da Península Ibérica. Como nem todos os exemplares são verdes, as pessoas podem pensar que não é uma “rã-verde”, mas esta variabilidade nas cores é muito comum nos anfíbios.

Esta rã tem uma coloração muito variável e pode ser confundida com outras. 

Mas todos os indivíduos têm duas pregas de pele longitudinais que vão desde o olho até à inserção da pata posterior. 

A rã-verde está presente em todo o território português, admitindo-se que seja o anfíbio mais comum em Portugal. Ocorre em toda a Península Ibérica, podendo ser observada pelo menos até ao Sul de França.

Este anfíbio atinge facilmente 7,5 cm, podendo chegar aos 10 cm de comprimento.

Esta espécie, até há pouco tempo, tinha como nome científico Rana perezi mas actualmente chama-se Pelophylax perezi.

Quer ouvir uma rã verde?


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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.