Papagaio-do-mar. Foto: Henning Allmers/Wiki Commons

Abertas candidaturas a fundo de 150 mil euros para espécies marinhas ameaçadas

Até 13 de Julho estão abertas as candidaturas à 2ª edição do Fundo para a Conservação dos Oceanos. O grande objectivo é apoiar projectos de conservação de espécies marinhas ameaçadas de extinção, como o mero, a foca-monge ou o peixe-lua.

 

O fundo, da responsabilidade do Oceanário de Lisboa e da Fundação Oceano Azul, foi reforçado este ano em 50 mil euros, “devido ao sucesso da primeira edição”, dedicada à conservação das raias e tubarões, segundo um comunicado dos responsáveis.

Este ano, a ideia é apoiar projetos de conservação de espécies classificadas como Criticamente em Perigo, Em Perigo e Vulnerável na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). Como o mero (Epinephelus marginatus), a foca-monge (Monachus monachus), a manta (Mobula mobular), o tubarão-branco (Carcharodon carcharias), o grande-tubarão-martelo (Sphyrna mokarran), o peixe-lua (Mola mola) ou o papagaio-do-mar (Fratercula arctica).

“É essencial investir no conhecimento e conservação das espécies que correm o risco de deixar de existir no nosso planeta. É um orgulho podermos dar o nosso contributo”, comentou João Falcato, CEO do Oceanário de Lisboa e administrador da Fundação Oceano Azul.

São elegíveis os projetos candidatos que tenham “maior potencial de contribuição para a conservação da(s) espécie(s) alvo e que incluam trabalho in-situ, assegurem a qualidade científica da informação, constituam iniciativas sustentáveis e potenciem a educação”, explica o comunicado. “É também determinante que apresentem uma forte componente de divulgação, não apenas de teor técnico-científico, mas também para o público em geral.”

Os projectos a apoiar nesta edição, com o tema “Espécies marinhas ameaçadas. Da Ciência para a Consciência”, poderão ter uma duração máxima de três anos.

De acordo com os responsáveis pelo Fundo, lançado em 2017 e atribuído todos os anos, este financiamento pretende “promover a proteção das espécies ameaçadas” e ainda “elevar a consciência para a importância do equilíbrio do oceano e dos recursos marinhos, partilhando a visão de que a conservação do oceano é uma responsabilidade de todos”.

 

[divider type=”thick”]Saiba mais.

As candidaturas à 2ª edição do “Fundo para a Conservação dos Oceanos” estão abertas até 13 de Julho de 2018, em www.oceanario.pt/conservacao/fundo-para-a-conservacao-dos-oceanos/

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.