Pinguins-de-magalhães no Oceanário de Lisboa. Foto: Pedro Pina

Covid-19: Técnicos continuam a assegurar bem-estar dos animais do Oceanário de Lisboa

A equipa técnica do Oceanário de Lisboa, fechado desde 16 de Março por causa do Covid-19, continua a assegurar o bem-estar dos cerca de 8.000 animais e plantas que ali vivem, disse hoje este museu vivo à Wilder.

 

Situada junto às margens do rio Tejo, no Parque das Nações, esta estrutura a funcionar desde 1998 é uma das muitas que encerrou portas para tentar conter a propagação do Covid-19.

Ainda assim, os animais que ali vivem continuam a precisar de cuidados diários. São cerca de 8.000 animais e plantas de 500 espécies diferentes, desde pinguins, papagaios-do-mar e lontras-marinhas a anémonas, um polvo-gigante, 11 espécies de estrelas-do-mar, cinco espécies de ouriços-do-mar, nove espécies de tubarões e ainda bacalhaus, meros, garoupas, mantas e raias e cavalos-marinhos.

 

tubarão cornudo no oceanário
Tubarão-cornudo no Oceanário de Lisboa. Foto: Pedro Pina

 

Questionada pela Wilder, fonte oficial do Oceanário de Lisboa disse hoje que “a equipa técnica do Oceanário continua a assegurar as rotinas diárias e serviços necessários à manutenção dos aquários, bem-estar dos animais, correto funcionamento de todos os equipamentos e sistemas de suporte de vida da sua instalação”.

O plano de contingência do Oceanário de Lisboa foi implementado a 28 de Fevereiro. Este já previa um cenário de encerramento.

“Parte dos colaboradores estão a trabalhar remotamente, assegurando os serviços mínimos.” Mas há outros que são mesmo necessários no local. “A equipa técnica está organizada de forma a manter as rotinas diárias de manutenção dos aquários e os serviços necessários a assegurar o bem-estar dos animais”, explicou este museu vivo.

 

Tubarão-de-pontas-negras-do-recife no oceanário
Tubarão-de-pontas-negras-do-recife. Foto: Pedro Pina

 

Além destas actividades absolutamente essenciais, é preciso assegurar “a manutenção de toda a infraestrutura do edifício, os serviços de limpeza e segurança”.

Ainda que para nós a vida seja agora bem diferente, para os animais do Oceanário, pouco ou nada mudou. Segundo fonte oficial desta estrutura, os animais “não estão a ser tratados de forma diferente” desde que o Oceanário encerrou e não tem visitantes.

Os técnicos continuam a manter as habituais rotinas diárias que asseguram o bem-estar dos animais e a manutenção dos aquários, por exemplo.

Para breve, o Oceanário irá iniciar uma “comunicação específica para famílias que, durante este período, estão a explorar várias formas de entretenimento para as crianças”, revelou à Wilder. “Estaremos a partilhar conteúdos que poderão ajudar os pais nesses momentos.”

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Mesmo a partir de casa, faça uma visita virtual ao Oceanário de Lisboa. Aqui deixamos-lhe sete maravilhosas espécies que ali vivem.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.