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Desenho da semana: fruta-pão

O ilustrador naturalista Marco Nunes Correia abre os seus cadernos de campo e mostra-nos o que o fascina na natureza portuguesa. São desenhos, esboços ou aguarelas onde regista as estações do ano. Uma por semana.

 

 

Desta vez, Marco Nunes Correia mostra como desenhou a fruta-pão, em São Tomé, no âmbito de uma expedição do Grupo do Risco, em Junho de 2016. A fruta-pão é muito importante na dieta local.

“Foi um desenho relativamente rápido, demorou cerca de 01h30”, feito no hotel, na véspera de seguir para a ilha do Príncipe.

O desenho foi feito “com um lápis negro de base oleosa (Pitt Oil Base, da Faber-Castell), que permite trabalhar com aguarela por cima, sem borrar o desenho; já a grafite dilui sempre um pouco”, explicou o ilustrador.

 

 

“Além disso o desenho fica sempre bastante destacado a negro. Dá para perceber a diferença entre o lápis de grafite e o outro nos textos, em que as descrições estão escritas a grafite e o título, à direita do desenho, foi escrito com o outro lápis.”

O desenho foi feito num caderno mais pequeno, um A5, que utilizou como diário da expedição. “Foi onde registei os episódios mais interessantes de cada dia, alguns desenhos mais soltos e sem qualquer pretensão, apenas registos mais pessoais e, claro, a lista das espécies de aves observadas em cada jornada.”

 

[divider type=”thick”]Saiba mais.
Marco Nunes Correia, de Alcobaça, é professor na Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha. É membro do Grupo do Risco e especializou-se em desenho de natureza. 

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.