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Foto: Joana Bourgard

Fundador da Amazon doa 10.000 milhões de dólares contra as alterações climáticas

Considerado o homem mais rico do mundo, Jeff Bezos destinou 10.000 milhões de dólares (cerca de 9,2 mil milhões de euros) para a criação do novo fundo Bezos Earth Fund (Fundo Earth para a Terra).

 

Bezos, que é fundador e presidente executivo da Amazon, afirmou esta segunda-feira na sua conta pessoal do Instagram que “as alterações climáticas são a maior ameaça ao nosso planeta”. “Quero trabalhar lado a lado com outros para amplificar caminhos conhecidos e para explorar novas formas de lutar contra o impacto devastador das mudanças climáticas no planeta que partilhamos”, disse.

As bolsas deste novo fundo vão começar a ser concedidas no Verão e destinam-se a cientistas, activistas e organizações não governamentais, “qualquer esforço que ofereça uma possibilidade real de ajudar a preservar e a proteger o mundo natural.”

O milionário, que é também dono do Washington Post e de uma empresa de exploração espacial, a Blue Origin, tem uma fortuna avaliada em 130 mil milhões de dólares. Tem sido todavia criticado por entregar pouco dinheiro à filantropia. A maior doação que fez até hoje foi de 2.000 milhões de dólares, em Setembro de 2018, para ajudar famílias sem casa e financiar escolas, indica a BBC.

 

Amazon tem “impacto substancial no ambiente”

Por outro lado, alguns empregados da Amazon têm feito pressão pública para que a empresa reforce o combate às alterações climáticas. Em Setembro passado, Bezos anunciou o ‘Climate Pledge’ (juramento pelo clima, em português), em que se comprometeu a tornar a Amazon neutra em termos de emissões de carbono em 2040.

A companhia americana é dona de enormes ‘data centers’ que servem para armazenar informação digital e de uma rede mundial de entregas de encomendas, pelo que tem “um impacto substancial no ambiente”, recorda por sua vez o New York Times.

Em Setembro, segundo o jornal americano, a Amazon revelou que emitiu cerca de 44,4 milhões de toneladas de dióxido de carbono em 2018, o que equivale a queimar quase 600.000 camiões-tanque cheios de gasolina.

 

 

 

 

 

 

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.