Uma medusa da espécie Velella velella numa praia
Velella velella. Foto: Pedro Marrecas

Medusa Veleiro que está a aparecer nas praias é “inofensiva”

As medusas da espécie Velella velella que estão a aparecer em grande quantidade nalgumas praias de Cascais, Sintra e Mafra não costumam causar problemas de saúde, afirma o IPMA.

 

A espécie Velella velella, conhecida como “Veleiro” devido à forma que tem, é uma das medusas mais comum na costa continental portuguesa. Em 2019 esteve mesmo entre as três medusas mais avistadas em praias do Continente, de acordo com dados recolhidos pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), no âmbito do projecto de ciência cidadã GelAVista.

Esta quarta-feira, a Autoridade Marítima Nacional anunciou que está a avaliar a presença de medusas desta espécie em 42 praias nos concelhos de Sintra, Cascais e Mafra, mantendo-se desde terça-feira a interdição para os banhos em Carcavelos e São Pedro do Estoril.

 

Uma medusa da espécie Velella velella numa praia
Velella velella. Foto: Pedro Marrecas / GelAVista

 

De acordo com um comunicado divulgado esta semana pelo IPMA, a Velella velella “está de momento a ocorrer em pequenas quantidades por toda a Costa Oeste portuguesa, incluindo nalgumas ilhas dos Açores”.

A medusa veleiro “é uma “espécie de ocorrência comum e os seus tentáculos são pequenos e ligeiramente urticantes”, acrescenta o instituto, que aconselha a que se evite o contacto directo com estes organismos. Isto “de forma a evitar potenciais reações alérgicas, em caso de maior sensibilidade”.

Ainda assim, “não havendo evidências de queimaduras ou problemas de saúde associados, [esta medusa] é considerada inofensiva”.

Caso alguém seja picado, deve aplicar “bandas de gelo e se possível bicarbonato de sódio”. Se houver uma reacção mais grave, o IPMA pede para que a pessoa em causa conforme a equipa do GelAVista.

Este projecto de ciência cidadã trabalha desde 2016 para a monitorização de organismos gelatinosos nas costas portuguesas.

O instituto pede ainda que os cidadãos enviem informação de avistamentos destas e de outras espécies de medusas para [email protected], juntamente com a data, local, número de organismos e fotografia, se for possível. Em alternativa, pode-se usar a “app” que foi criada no âmbito do projecto.

 

[divider type=”thin”]Saiba mais.

Para saber mais sobre as diferentes espécies de medusas em águas portuguesas, tanto no Continente como nas Ilhas, consulte a informação do GelAVista, aqui.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.