Foto: Pixabay CCommons

Mosquito-tigre-asiático identificado pela primeira vez em Lisboa

O mosquito-tigre-asiático (Aedes albopictus) – espécie vectora de vários vírus como do dengue, febre amarela e zika – foi identificado pela primeira vez no município de Lisboa, informou a Direcção-Geral de Saúde (DGS).

O mosquito-tigre-asiático é um mosquito nativo de regiões do Sudeste Asiático e do Pacífico Ocidental, que recentemente encontrou porto seguro em Portugal Continental. Tal como tem vindo a acontecer, nos últimos anos, em países como Itália, França e Espanha.

A espécie, que se está a expandir pelo Sul da Europa, foi detetada pela primeira vez em Portugal em 2017, na região Norte e, posteriormente, na região do Algarve (2018) e Alentejo (2022).

Em Julho, um leitor da Wilder observou este mosquito em Loulé.

Parece ter chegado agora a Lisboa. Os mosquitos foram identificados no âmbito da vigilância entomológica, feita pela Rede de Vigilância de Vetores (REVIVE), implementada em todo o território nacional.

Este mosquito pode transmitir às pessoas doenças como chikungunya, dengue, febre amarela e zika. “No entanto, em Portugal, não foram identificados nestes mosquitos quaisquer agentes de doenças que possam ser transmitidas às pessoas, nem se registaram casos de doença humana até ao momento”, segundo a DGS.

“À data, não existe risco acrescido para a saúde da população, pelo que não se justifica a definição de recomendações à população”, declarou, em comunicado, a DGS.

Para já, esta Direcção Geral reforçou a vigilância entomológica e epidemiológica, estando em curso a “implementação de medidas para controlar a população de mosquitos”.

A monitorização, avaliação da situação e respetiva intervenção são da competência dos Serviços de Saúde Pública de nível regional e local, em articulação com a DGS e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, conforme previsto na Estratégia Nacional de Prevenção e Controlo de Doenças Transmitidas por Vetores.


Saiba mais.

Saiba tudo sobre esta espécie e o que está a acontecer, neste artigo publicado anteriormente na Wilder.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.