Que espécie é esta: amanita mata-moscas

A leitora Paula Paiva fotografou este cogumelo a 13 de Outubro em Potsdam, Alemanha, e pediu ajuda para saber a espécie. Rui Simão responde.

Paula Paiva gostaria de ter informações sobre esta espécie, que encontrou num parque em Potsdam, Alemanha, na tarde de 13 de Outubro.

Trata-se do cogumelo Amanita mata moscas (Amanita muscaria).

Espécie identificada por: Rui Simão, da Ecofungos – Associação Micológica.

Esta é, talvez, “a espécie mais conhecida no mundo”, diz Rui Simão.

“Foi usada, a par de outras, pela maioria dos povos em rituais xamânicos, para alteração do estado de consciência.”

“Aparece representada desde os tempos pré-históricos. É a espécie mais representada na banda desenhada.”

Cresce em pinhais e bosques de carvalhos, frequentemente aparecendo em grupos.

Quando emerge nos solos da floresta, este cogumelo está inteiramente coberto por uma espécie de flocos brancos. À medida que o chapéu vermelho cresce, esses flocos brancos vão-se distribuindo e espalhando pela sua superfície. Muitas vezes, chuvas fortes ou até mesmo o contacto com animais são o suficiente para remover alguns ou todos os flocos brancos do chapéu.

Quando maduro, este cogumelo tem um chapéu que mede entre os 10 e os 20 centímetros de diâmetro.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.