Que espécie é esta: cogumelo gota-de-tinta

O leitor António Lima fotografou este cogumelo a 6 de Novembro em Brinches, Serpa, e pediu ajuda na identificação. A associação Ecofungos responde.

 

 

 

 

Trata do cogumelo gota-de-tinta ou coprino-cabeludo (Coprinus comatus).

Espécie identificada e texto por:  Ecofungos – Associação Micológica.

Este é um cogumelo muito interessante. Está incluído no grande grupo dos Basidiomycetas, onde se inclui a maior parte dos cogumelos típicos que conhecemos.

A estratégia de dispersão dos esporos nesta espécie é curiosa, uma vez que, ao invés dos esporos caírem no solo, por ação da gravidade, liquefazem-se e são lixiviados através da ação da chuva/humidade.

Esta “tinta” pode ser usada na escrita e na pintura.

São espécies comestíveis, mas unicamente no seu estado jovem. Em caso de serem apanhados devem consumidos no próprio dia, visto entrarem em deterioração muito rapidamente.

No entanto, como nas restantes espécies, não aconselhamos que colham e consumam cogumelos, sem terem a certeza absoluta da espécie. Um erro pode ser fatal, ou conduzir a problemas graves e irreversíveis.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

 

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Para o ano de 2020 criámos um calendário inspirado nas espécies de plantas, animais e cogumelos de Portugal, com 12 das melhores imagens que recebemos dos nossos leitores, através do Que Espécie É Esta. E com os dias mais especiais dedicados à Natureza, de Janeiro a Dezembro. 

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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.