Que espécie é esta: Ptilocephala monteiroi

O leitor Rafael Brito fotografou este insecto a 31 de Maio de 2018 nos Passadiços do Paiva, Arouca, e quis saber qual a espécie a que pertence. Eva Monteiro responde.

 

Este é um animal que Rafael Brito “nunca tinha visto”, escreveu à Wilder. “Espero que me possam ajudar.”

 

 

A espécie que observou será uma borboleta Ptilocephala monteiroi.

Espécie identificada e texto por: Eva Monteiro, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Que sorte teve o Rafael! A bonita mariposa da fotografia parece tratar-se de um macho da espécie Ptilocephala monteiroi da Família Psychidae, embora seja difícil ter a certeza por fotografia.

A quase ausência de escamas nas asas é comum nos adultos desta família, tal como o aspecto peludo do abdómen que a mim me faz sempre lembrar um mini escovilhão.

Também as lagartas desta família são muito características, já que passam toda a vida com a casa às costas: um casulo feito de pauzinhos, como é o caso desta espécie, ou de outros materiais, que podemos observar em movimento sobre a vegetação. Alguém já viu algo assim?

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.