Limpeza costeira. Foto: Pedro Pina

Voluntários recolheram 28 toneladas de lixo nas praias

Ao longo da semana que celebrou o Dia Internacional de Limpeza Costeira, 3.500 voluntários limparam 185 quilómetros de costa em Portugal, acabando por recolher 28 toneladas de lixo.

Foram 170 organizações responderam ao apelo da Fundação Oceano Azul para apanhar lixo na semana de 19 a 27 de Setembro. Daquelas, 25 eram centros de mergulho.

“Este desafio pretende mobilizar de novo a sociedade civil e o público em geral para o problema do lixo marinho e para a necessidade de maior proteção do oceano”, explicou a Fundação em comunicado.

Esta iniciativa reuniu, de Norte a Sul do país, 160 acções de limpeza costeira, nas quais participaram 3.500 pessoas.

Limpeza costeira. Foto: Pedro Pina

A edição de 2020 trouxe uma novidade. Pela primeira vez, centros e escolas de mergulho de todo o país juntaram-se à iniciativa com acções de limpeza subaquática. Participaram 325 mergulhadores.

Ao todo, a iniciativa limpou 185 quilómetros de costa portuguesa, ao longo de 380 horas.

No ano passado tinham sido limpos apenas 80 quilómetros da costa e recolhidas 13 toneladas de lixo marinho, por 2.300 voluntários.

O lixo marinho é um dos maiores problemas ambientais do planeta, segundo a Fundação Oceano Azul, entidade criada em 2017 para promover um oceano mais saudável.

O Dia Internacional da Limpeza Costeira teve origem há mais de 30 anos, quando comunidades costeiras norte-americanas se uniram para recolher e documentar o lixo das praias. A Ocean Conservancy promoveu estas acções e desde então criou o Dia Internacional da Limpeza Costeira. 

A mobilização tem vindo a crescer e hoje reúne voluntários em mais de 100 países para participar na limpeza de praias.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.