Foto: Cátia Correia

Que espécie é esta: aranha cesteira-dos-prados

Cátia Correia encontrou uma aranha durante um projecto com crianças, em Alenquer, e pediu ajuda para saber se é tóxica. Pedro Sousa responde.

“Temos um projeto na natureza com crianças e muitas vezes encontram espécies de animais que desconhecemos”, descreveu Cátia Correia, que está ligada à Comunidade Pés na Terra e fotografou a aranha no dia 16 de Outubro.

“As crianças encontram esta espécie na nossa cozinha de lama”, explicou também, numa mensagem enviada à Wilder. “Ao fazer um ‘scanner’ com a app Picture Insect, foi identificada como Argiope trifasciata e lemos que a mesma é tóxica para o ser humano. Fiquei com receio e acabei por deslocá-la para longe. Gostaríamos de perceber que tipo de aracnídeo é e se devemos realmente nos preocupar.”

Trata-se com efeito de uma aranha cesteira-dos-prados (Argiope trifasciata).

Espécie identificada por: Pedro Sousa, biólogo com vasta experiência na identificação de espécies de aranhas autóctones de Portugal e especialista do grupo Aranhas e Escorpiões da IUCN SSC.

“A identificação esta correcta, é uma aranha da espécie Argiope trifasciata“, confirma o biólogo, que afirma também: “Não tenho conhecimento de que se trate de uma espécie perigosa. Possui veneno, como quase todas as aranhas, mas apesar do seu grande tamanho não creio que seja agressiva. Poderá tentar morder em legitima defesa se se sentir ameaçada, mas como quase todas as aranhas, o seu primeiro instinto é fugir, não morder.”

Numa identificação anterior, Pedro Sousa explicou também que “esta espécie, originária das Américas, foi introduzida em várias regiões, incluindo o sul da Europa, onde se encontra também estabelecida”, sendo que “em Portugal pode ser encontrada precisamente a sul, em zonas mais quentes”.

“Tem uma coloração muito semelhante à espécie mais comum, Argiope bruennichi, mas a distribuição das cores na parte superior do abdómen em A. trifasciata ocorre em bandas unicoloridas alternadas, enquanto que em A. bruennichi as cores surgem mescladas.”


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Equipa Wilder

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