A leitora Vanda Moço pediu a identificação de uma planta que fotografou no Pinhal do Gancho, Montijo, a 21 de Janeiro. Carine Azevedo responde.
Tratar-se-á de uma erva-moira (Solanum nigrum).
Espécie identificada e texto por: Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.
Tudo indica que seja uma erva-moira (Solanum nigrum).
A erva-moira é uma planta da família Solanaceae que inclui outras espécies bem conhecidas, como a batata, o tomate, o pimento, o tabaco, entre outras.
É uma espécie nativa da Eurásia, Macaronésia, norte e nordeste da África. Em Portugal ocorre naturalmente um pouco por todo o território nacional e no Arquipélago da Madeira e terá sido introduzida no Arquipélago dos Açores.
A erva-moira é uma planta arbustiva, perene, com um ciclo de vida curto, com caule ereto, por vezes prostrado, cilíndrico, verde e ramificado desde a base. Esta planta pode crescer até 1,5 metros de altura e formar densos aglomerados.
As folhas têm forma de coração, margens onduladas irregularmente e são mais ou menos pubescentes em ambas as faces.
As flores surgem em inflorescências umbeliformes, são numerosas, possuem cálice com 5 sépalas soldadas e persistentes no fruto, corola com cinco pétalas brancas, creme ou por vezes esverdeadas, soldadas parcialmente entre si. A flor quando aberta parece uma estrela.
O fruto é uma baga carnuda, preta opaca ou púrpura na maturidade.
A erva-moira é uma planta ruderal, comum em terrenos baldios ou incultos e na berma de caminhos. Está habitualmente associada a solos ricos em azoto e locais de meia-luz.
Agora é a sua vez.
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