Que espécie é esta: espécie da família Apiaceae

O leitor Luís de Sousa fotografou esta planta no Vale do Tejo no início de Maio e quis saber a que espécie pertence. Carine Azevedo responde.

Trata-se de uma planta da família Apiaceae.

Espécie identificada e texto por:  Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

Esta identificação não é fácil e, para não correr o risco de estar a fazer uma má interpretação do que consigo analisar, prefiro não ir além da família.

A qualidade de imagem e os elementos presentes – ausência de folhas e de outras partes da planta – não permitem uma identificação além da família a que esta planta pertence. 

A família Apiaceae engloba pequenas plantas herbáceas, geralmente aromáticas, menos frequentemente arbustos e trepadeiras. A esta família pertencem espécies bem conhecidas como a salsa, a cenoura, o coentro e o aipo.

Os caules destas plantas são frequentemente estriados e com medula branca. As folhas são simples ou compostas, muito recortadas e surgem geralmente dispostas de forma alternada nos caules.

As flores surgem dispostas em inflorescências, do tipo umbela simples ou composta – conjunto de flores no topo da haste floral. Cada flor individual é hermafrodita ou unissexual. A corola é composta por cinco pétalas geralmente brancas, amarelas, menos comumente azuis, roxas ou avermelhadas. O cálice é nulo ou composto por cinco sépalas pequenas.

O fruto é do tipo esquizocarpo, seco, estriado, composto por duas partes que se abrem após a maturação.

É uma família com grande distribuição por todo o mundo, compreende mais de 400 géneros e mais de 3.500 espécies. Destes, mais de 50 géneros e 100 espécies estão presentes em Portugal.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.