Que espécie é esta: fradinhos

A leitora Fátima Loureiro fotografou estes cogumelos no jardim da Pousada do Castelo do Alvito a 3 de Abril e pediu ajuda na identificação. A associação Ecofungos responde.

Tratam-se de fradinhos (Coprinus comatus).

Espécie identificada e texto por: Ecofungos – Associação Micológica.

Trata-se de uma espécie muito comum – a Coprinus comatus – fradinhos.

Esta espécie, decompositora, tem várias particularidades interessantes mas a principal prende-se com a forma como dispersa os seus esporos, na fase mais avançada de maturação do cogumelo. 

As frutificações (cogumelos) podem atingir os 30 cm de altura. O chapéu liquefaz-se numa tinta preta, a qual pode ser usada para escrita.

É uma espécie comestível de boa qualidade quando está fresca mas, devido ao seu caráter como bioacumuladora, deve ser evitado o seu consumo, pois pode frutificar em solos contaminados.

É comum frutificar nas pilhas de compostagem dos jardins, em jardins nos relvados, em zonas com elevados teores de matéria orgânica, etc. 

Já descrevemos uma espécie similar à Coprinus comatus, a Coprinopsis picacea


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.