Estes são os nomeados para o prémio britânico de literatura de natureza

Os 13 livros nomeados para as duas categorias do Wainwright Prize 2020, uma para autores britânicos naturalistas e outra para distinguir obras sobre a conservação mundial, foram agora conhecidos.

 

A organização do Wainwright Prize 2020 anunciou, a 30 de Julho, os sete livros nomeados para a categoria autores britânicos e os seis livros para a categoria conservação da natureza mundial na sétima edição deste galardão.

Celebrando o legado do escritor naturalista britânico Alfred Wainwright, este prémio reflecte os seus valores, nomeadamente o inspirar as pessoas para explorar a natureza e promover o respeito e admiração pelo mundo natural.

O vencedor do ano passado foi “Underland”, de Robert Macfarlane.

“Este ano, o prémio parece mais adequado do que nunca, dado que a nossa necessidade de nos aproximar-mos da natureza nunca terá sido tão forte”, escrevem os organizadores do prémio, em comunicado.

Num cenário de pandemia, e com as paisagens naturais e as espécies selvagens ameaçadas pela crise climática, a literatura de natureza e de conservação floresceu.

Este ano, o Prémio passou a incluir uma segunda categoria, para a literatura de Conservação Mundial. “As duas listas de nomeados reflectem a riqueza e a variedade da escrita contemporânea naturalista, tanto no Reino Unido como em todo o mundo”, acrescenta a organização, que se refere a uma “idade de ouro deste género” de escrita.

O júri é composto por apresentadores de programas naturalistas de televisão, responsáveis pelo Wildlife Trust, conservacionistas, editores, escritores e jornalistas.

“Todos os livros escolhidos para esta lista final de nomeados são uma leitura perfeita para os tempos da crise pandémica e eles ajudaram-me a mim e a muitos outros durante o confinamento”, comentou Julia Bradbury, apresentadora de televisão.

“Acho que nunca houve melhor altura para nos aproximarmos da natureza e para reflectirmos sobre a importância da natureza nas nossas vidas. O poder da natureza para nos recuperar está em todos os livros que seleccionámos.”

Celia Richardson, do National Trust, é da mesma opinião. “A lista final de nomeados deste ano é a melhor escapatória de todas ao confinamento: desde os mares às paisagens, à natureza selvagem e, talvez o melhor de tudo, às mentes dos autores. O seu talento é extraordinário.”

Os vencedores serão anunciados a 9 de Setembro.

Os vencedores desta edição recebem um prémio de 5.000 libras (cerca de 7.000 euros).

Estes são, então, os nomeados:

Categoria Literatura de Natureza no Reino Unido:

 

Diary of a Young Naturalist, por Dara McAnulty (Little Toller Books)

 

The Frayed Atlantic Edge, por David Gange (William Collins)

 

On the Red Hill, por Mike Parker (Cornerstone, Penguin Random House UK)

 

Dark, Salt, Clear, por Lamorna Ash (Bloomsbury)

 

Native: Life in a Vanishing Landscape, por Patrick Laurie (Birlinn)

 

Dancing with Bees – a journey back to nature, por Brigit Strawbridge Howard & John Walters, illustrator (Chelsea Green Publishing)

 

Wonderland, por Jini Reddy (Bloomsbury Wildlife)

Categoria Literatura sobre Conservação Mundial:

Irreplaceable, por Julian Hoffman (Penguin/Hamish Hamilton)

 

Life Changing, por Helen Pilcher (Sigma, Bloomsbury)

 

Rebirding, por Benedict Macdonald (Pelagic)

 

Sitopia, por Carolyn Steel (Vintage/Chatto & Windus)

 

What We Need to Do Now, por Chris Goodall (Profile Books)

 

Working with Nature, por Jeremy Purseglove (Profile Books)

 

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.