Garça-real “atrás das grades” vence os British Wildlife Photography Awards

Fotografias de focas, chapins, ouriços-cacheiros, aranhas, bosques e paisagens marinhas estão entre os vencedores da 10ª edição dos British Wildlife Photography Awards, conhecidos a 20 de Setembro.

Estes prémios foram criados para celebrar a vida selvagem do Reino Unido, através de fotografias inspiradoras; para incentivar a conservação, descoberta e apreciação do património natural; para promover as espécies, habitats e biodiversidade britânicas e para reconhecer o talento dos fotógrafos daquele país.

Há 17 categorias a concurso, desde comportamento animal, vida selvagem urbana, habitat e retratos de animais à vida marinha ou ainda em vídeo HD. Duas categorias são dedicadas aos mais novos, para os encorajar a aproximarem-se da natureza através da fotografia.

As fotografias vencedoras serão publicadas em livro e estarão em digressão pelo país.

Grande vencedor dos prémios British Wildlife Photography Awards e da Categoria “Vida Selvagem Urbana”: Daniel Trim, com a fotografia “Behind Bars”

As garças-reais (Ardea cinerea) prosperam nas vias fluviais nos arredores de Londres mas também se dão bem num ambiente mais urbano como pequenos parques e canais, apesar do lixo e das muitas pessoas que estão sempre a passar.

Esta garça estava a caçar debaixo de uma ponte. Talvez os peixes estivessem abrigados entre as folhas caídas e as garrafas de plástico.

A luz da manhã a penetrar a grelha dá a impressão de que a ave está presa e a olhar através das grades.

Grande Vencedor da Categoria “Zonas Costeiras e Marinhas” e da Categoria “Zonas Costeiras e Marinhas da Escócia”: Alex Mustard, com a fotografia “Seal in Seaweed Garden”

Foca-cinzenta, Ilha de Coll, Inner Hebrides, Argyll and Bute

Vencedor da Categoria “Comportamento animal”: Robin Chittenden, com a fotografia “Common Swift Skimming The Water”

Andorinhão-preto, Norwich, Norfolk

Vencedor da Categoria “Retratos de Animais”: Mark Kirkland, com a fotografia “Peering Through The Darkness”

Pata-roxa, Loch Fyne, Argyll and Bute

Vencedor na Categoria “Inglaterra Botânica”: Jack Mortimer, com a fotografia “Amongst Emerald Depths”

Jacinto-dos-campos, Worton Woods, Oxfordshire

Vencedor na Categoria “Natureza Britânica a Preto e Branco”: Nicholas Court, com a fotografia “Marbled White In Grass”

Borboleta mármore-branca, Darley Bridge, Derbyshire

Vencedor na Categoria “Inglaterra costeira e marinha”: Paul Pettitt, com a fotografia “Stalked Jellyfish and Rissoa Snail”

Kimmeridge Bay, Dorset

Vencedor na Categoria “Irlanda e Irlanda do Norte Costeira e Marinha”: Trevor Rees, com a fotografia “Mauve Stinger”

Pelagia noctiluca, Malin Beg, Donegal, Irlanda

Vencedor na Categoria “País de Gales Costeiro e Marinho”: Mark Thomas, com a fotografia “Plaice Face”

Solha, Criccieth Beach, Gwynedd

Vencedor na Categoria “Habitat”: Rich Bunce, com a fotografia “Brighter Skies On The Horizon”

Pombo-comum, Burley in Wharfedale, West Yorkshire

Vencedor na Categoria “Inglaterra Escondida”: Alan Smith, com a fotografia “Garden Spider”

Aranha de jardim, Reading, Berkshire

Vencedor na Categoria “Bosques Selvagens”: Dave Fieldhouse, com a fotografia “Welcome to Narnia”

Larício-europeu, The Roaches, Upper Hulme, Staffordshire

Vencedor da Categoria “Estações do Ano Britânicas”: Paul Sawer, com as fotografias “Blue Tits in Winter, Spring, Summer and Autumn” (Rendham, Suffolk)

Vencedor na Categoria “12 a 18 Anos”: Jacob Guy (18 anos), com a fotografia “Spiny Starfish”

Estrela-do-mar-de-espinhos, Falmouth, Cornualha

Vencedor na Categoria “Menos de 12 anos”: Ollie Teasdale (10 anos), com a fotografia “In The Spotlight”

Torda–mergulheira, Ilha de Skokholm, Pembrokeshire

Vencedor na Categoria “Série Documental”: Lawrie Brailey, com as fotografias “Britain’s Most Loved Mammal” (ouriço-cacheiro, Surrey)

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.