Que espécie é esta: aranha-lobo com crias

A leitora Magda Gonçalves pediu ajuda para identificar esta aranha, observada a 4 de Maio em Castelões, Guimarães. Sérgio Henriques responde.

Parece-me ser a aranha lobo que leva os ovos no corpo dela, será?

 

 

A leitora está correcta, esta é uma aranha-lobo (Lycosidae).

Espécie identificada e texto por: Sérgio Henriques, líder do grupo de especialistas em aranhas e escorpiões da UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza) e especialista da Sociedade Zoológica de Londres.

Esta é uma aranha-lobo, mas já não está a carregar os seus ovos. Estas já são as pequenas crias que se agarram às costas da mãe, até que estejam prontas a enfrentar os desafios que as esperam.

A aranha-lobo é uma das maiores aranhas da nossa fauna, embora passe muitas vezes despercebida por viver na sua toca.

Esta espécie ocorre ao longo de todo o ano, mas aparece mais nos meses de Primavera e Verão.

É, sobretudo, uma aranha crepuscular e nocturna mas também pode estar activa durante o dia, particularmente se for perturbada (por actividades agrícolas, por exemplo).

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. No caso de plantas, deve enviar fotos de pormenor das folhas, frutos e flores (se houver), se possível também tiradas contra o céu. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.