Que espécie é esta: orquídea salepeira-grande

A leitora Fátima Loureiro fotografou esta planta a 8 de Março em Vila Nova de Foz Côa e pediu ajuda para a identificar. Filipe Covelo responde.

 

“Gostava de saber que planta é esta”, observada em Peredo de Castelhanos. “Será uma orquídea silvestre?”, escreveu Fátima Loureiro à Wilder.

 

 

Trata-se de uma orquídea salepeira-grande (Himantoglossum robertianum).

Espécie identificada e texto por: Filipe Covelo, colaborador do Jardim Botânico e do Herbário da Universidade de Coimbra (UC), no âmbito do projecto PRISC (Portuguese Research Infrastructure of Scientific Collections). O Jardim Botânico da UC tem a decorrer um projecto de consultas botânicas para o qual pode enviar as perguntas e dúvidas que tiver sobre plantas ([email protected]).

É a espécie Himantoglossum robertianum (Loisel.) P.Delforge (= Barlia robertiana (Loisel.) Greuter), conhecida como salepeira-grande (família Orchidaceae).

É nativa da região mediterrânica e em Portugal é possível encontrar esta espécie, por exemplo, em prados, clareiras de matos e orlas de bosques.

Ocorre preferencialmente em solos pedregosos de origem calcária como são os do centro-oeste calcário, onde estão localizadas a Serra do Sicó, Serra d’Aire e Candeeiros e a Serra de Montejunto.

É, no entanto, também abundante na região de Foz Côa.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.