Que espécie é esta: tritão-de-ventre-laranja

O leitor Frank Mendes fotografou este anfíbio a 10 de Dezembro em Aldeia de João Pires (Castelo Branco) e pediu para saber a que espécie pertence. Rui Rebelo responde.

Trata-se de um tritão-de-ventre-laranja (Lissotriton boscai).

Espécie identificada e texto por: Rui Rebelo, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

O indivíduo fotografado parece ser uma fêmea, porque tem a região ventral um pouco dilatada (já pela acumulação dos ovos em formação).

Quando na fase terrestre, estes animais têm uma pele com aspecto seco.

Durante a época de reprodução eles estão na água, onde a pele fica com outro aspecto, bem mais luzidio e brilhante.

Recorde aqui o outro tritão-de-ventre-laranja identificado na Wilder. Este registo foi feito por João Nunes mais a Norte, na Serra d’Arga (Caminha), a 23 de Novembro de 2017.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.