Quatro livros de natureza para Agosto

Para muitos, Agosto é mês de férias e de tempo para leituras. Aqui ficam quatro livros a publicar durante este mês e que contam histórias de árvores, de aves, de conservação e extinções e que nos propõem o desenho como forma de olhar mais perto a natureza.

 

 

THE LONG, LONG LIFE OF TREES

Por Fiona Stafford

Yale University Press

Data de publicação: 16 de Agosto

Preço: 16.99 libras

 

Desde o início dos tempos, as árvores têm servido a Humanidade de inúmeras formas. Elas estão de tal forma ligadas à nossa própria história que inspiraram mitos, poemas, canções, pinturas, histórias e significados espirituais. Algumas chegaram mesmo a atingir um estatuto religioso, cultural ou tornaram-se símbolos nacionais. Neste livro ilustrado, Fiona Stafford fala de 17 árvores comuns, desde o pinheiro, ao carvalho, passando pelo cipreste. Nele conta as suas histórias e celebra a sua beleza física e características especiais.

 

 

WHY BIRDS MATTER: AVIAN ECOLOGICAL FUNCTION AND ECOSYSTEM SERVICES

Por H. Sekercioglu, Daniel G. Wenny, Christopher J. Whelan

The University of Chicago Press

Data de publicação: 24 de Agosto

Preço: 31,50 libras

 

Durante mais de um século, ornitólogos e observadores de aves amadores têm pugnado pela conservação de muitas espécies de aves, documentando não apenas a sua beleza e diversidade mas também a sua importância para os ecossistemas em todo o mundo. Contudo, quanto valem as aves em termos económicos? Neste livro, um grupo internacional de ornitólogos procura quantificar os serviços dos ecossistemas prestados pelas aves e responder a essa questão.

 

 

NATURE’S PORTRAITS: A COLORING BOOK OF SCALES, TAILS, FURS AND WINGS

Por Peggy Macnamara

The University of Chicago Press

Data de publicação: 22 de Agosto

Preço: 10,50 libras

 

Há décadas que a ilustradora de vida selvagem Peggy Macnamara tem vindo a recriar o mundo natural através dos seus desenhos e pinturas. Com este livro, convida os leitores a fazerem o mesmo. Este livro tem 60 ilustrações detalhadas, feitas por Macnamara, que podem ganhar vida ao ser coloridas com lápis de cor. Muitos dos desenhos representam animais nos seus habitats, desde rãs, a raposas, a corujas, jaguares até às girafas. A estes juntam-se animais guardados nos museus, incluindo um dinossauro. Cada ilustração tem uma breve descrição científica da espécie. Estamos convidados a um olhar mais atento para as maravilhas do mundo natural à nossa volta.

 

 

IMAGINING EXTINCTION: THE CULTURAL MEANINGS OF ENDANGERED SPECIES

Por Ursula K. Heise

The University of Chicago Press

Data de publicação: 22 de Agosto

Preço: 19,50 libras

 

Actualmente vivemos na sexta extinção em massa na história da vida na Terra. “Imagining Extinction” debruça-se sobre os aspectos culturais das histórias contadas sobre o desaparecimento de espécies por activistas, realizadores, escritores e artistas. Ursula K. Heise defende que compreender estas histórias e símbolos é algo crucial para qualquer defesa de uma espécie ameaçada. Mais do que isso, a autora mostra como a conservação da biodiversidade é moldada por aquilo que consideramos e não consideramos valioso na natureza.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.