Foto: Rafael Morais dos Santos/Wiki Commons
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Bioblitz virtual desafia-nos a descobrir a Serra de Montejunto

Esta nova iniciativa foi lançada pelos municípios de Alenquer e Cadaval para comemorar o 21º aniversário da Paisagem Protegida da Serra de Montejunto, que se celebra em Julho.

 

Assim, desafiam todos os interessados em dar um passeio nesta área protegida a registarem o maior número possível de espécies, até ao próximo dia 31 de Julho, na página do projecto criada em associação com a plataforma BioDiversity4All.

“Para aderir, basta fazer o registo na plataforma e descarregar a aplicação iNaturalist para o dispositivo móvel. A aplicação está disponível para Android e iOS”, adianta uma nota enviada pela Câmara Municipal de Alenquer à Wilder.

E quem conseguir fotografar e registar mais de 21 espécies durante os seus passeios ganha um calendário, indicam também.

A Paisagem Protegida da Serra de Montejunto foi criada em 1999 e abarca uma área de 4.897,39 hectares, entre o litoral e o vale do Tejo. Abrange partes dos concelhos de Alenquer e Cadaval e é gerida pelos dois municípios, em conjuno com o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). Uma parte importante desta área pertence também à Rede Natura 2000, criada no âmbito da União Europeia.

De acordo com dados do ICNF, nidificam nesta área protegida cerca de 75 espécies de aves, incluindo a águia-de-bonelli, bufo-real e andorinhão-real. É também uma zona de hibernação importante para o morcego-de-peluche.

 

águia-perdigueira, de frente
Águia-de-bonelli, também conhecida como águia-perdigueira. Foto: Paco Gómez/Wiki Commons

 

Foram também identificadas nesta serra cerca de 400 espécies de plantas, incluindo a orquídea Ophrys tenthredinifera.

Outras espécies que se podem aqui observar, de acordo com a Câmara Municipal de Alenquer, são a águia d’asa redonda, a águia-cobreira, a águia-calçada, o milhafre-preto e o peneireiro-vulgar.

 

Sardão. Foto: Haplochromis/Wiki Commons

 

Estão igualmente presentes o sardão e a cigarra-comum. Já entre as plantas, destacam-se o carvalho-cerquinho, a chicória, o folhado e a zelha.

 

 

 

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.