Que espécie é esta: boca-de-lobo

A leitora Patrícia Gonçalves pediu a identificação de uma planta que observou num trilho em Cascais a 3 de Março. Carine Azevedo responde.

“Fotografei esta flor no dia 3 de Março no trilho da Ribeira das Vinhas em Cascais”, explicou a leitora à Wilder. 

Trata-se da espécie boca-de-lobo (Antirrhinum majus).

Espécie identificada e texto por: Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

São flores de boca-de-lobo (Antirrhinum majus), uma espécie da  família Plantaginaceae, também vulgarmente conhecida como erva-bezerra, erva-de-zorra, focinho-de-coelho ou papões.

É uma planta herbácea, endémica da Península Ibérica, que pode crescer entre 30 a 60 centímetros de altura. 

É formada por caules lenhosos, simples, ou geralmente muito ramificados, com folhas verdes e glabras, ainda que por vezes esparsamente pubescentes na página superior e de tonalidade púrpura na página inferior. 

Esta planta floresce ao longo de quase todo o ano, ainda que a maior profusão de flores ocorra nos meses de primavera e de verão.

As flores surgem agrupadas em conjuntos de 10 a 30 flores, em inflorescências densas e pubescentes, semelhantes a cachos. 

O fruto é uma cápsula que contém numerosas e pequenas sementes negras.

Se quiser pode saber um pouco mais aqui sobre esta espécie e outras do mesmo género.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.