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Foto: Helena Geraldes

No Monte Picoto, em Braga, castanheiros e carvalhos vão substituir os eucaliptos

No Monte Picoto, em Braga, a autarquia prepara-se para substituir os eucaliptos e acácias ainda existentes por castanheiros, carvalhos, sobreiros e outras espécies autóctones.

 

Em causa está uma iniciativa de arborização que pretende avançar com a transformação do Monte Picoto num parque urbano de floresta autóctone, um projecto que a autarquia tem em mãos desde há vários anos e que vai receber agora um financiamento do Fundo Ambiental, para adaptação do território às alterações climáticas. São cerca de 166.000 euros, de um investimento total que ronda os 195.000 euros.

Prevista está a eliminação de espécies invasoras ainda existentes neste terreno que fica a sul da cidade de Braga, como os eucaliptos e algumas acácias, seguindo-se a plantação de árvores autóctones.

Entre estas, “o castanheiro, o carvalho-roble, o carvalho negral e o sobreiro, em associação com o bordo, a azinheira, o azereiro, a pereira brava, o medronheiro e o pilriteiro”, adiantou a autarquia.

 

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Uma parte do Monte Picoto, em Braga. Foto: D.R.

 

O objectivo da plantação é transformar o parque municipal, conhecido pelo miradouro de onde se consegue avistar toda a área em redor, “num pequeno pulmão da cidade”, afirmou o vereador do Ambiente da Câmara Municipal, Altino Bessa, citado num comunicado.

“O Parque do Monte do Picoto é um espaço verde de utilização colectiva e tem vindo a ser alvo de reabilitação ao longo dos anos, transformando um local que já foi degradado num espaço de lazer, conjugando a sua localização privilegiada com vista para a cidade, com o potencial natural existente, tornando-o aos poucos um local de lazer para a população”, referiu ainda o mesmo responsável.

A criação de “bosquetes ou habitats diferenciados representando as formações espontâneas características do noroeste do país” e a ligação deste parque a outros espaços e corredores verdes são outros dos objectivos do projecto.

 

 

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.