Foto: neusitas/Wiki Commons

Número de ursos-pardos detetados nos Pirenéus cresceu para 83 animais, incluindo 16 crias

A população de ursos-pardos nas montanhas entre o Sudoeste francês e Espanha, que estava em risco de extinção há cerca de 30 anos, tem vindo a aumentar, anunciaram as autoridades.

Quando o governo francês deu início a um programa de reintrodução em 1996, importando ursos-pardos da Eslovénia, o maior carnívoro da Europa estava próximo de desaparecer da região dos Pirenéus.

Hoje em dia, a situação está diferente. “Com um mínimo de 83 indivíduos detetados em 2023, o tamanho da população de ursos-pardos está gradualmente a aumentar nos Pirinéus”, indicou a Résau Ours Brun (Rede do Urso-Pardo, em português), ligada ao Office Français de la Biodiversité, a agência nacional responsável pela conservação da natureza. Em 2022, tinham sido registados um mínimo de 76 ursos.

Quanto ao número de crias, foram detetadas 11 ninhadas com um total de 16 crias no ano passado, “o que torna 2023 no ano em que foram observadas mais fêmeas com crias desde as primeiras reintroduções, em 1996”.

Os números divulgados pelas autoridades francesas baseiam-se em dados recolhidos por equipas francesas e também de Andorra e de Espanha, tanto com base em relatos de ataques a colmeias e a gado como por avistamentos e análise de vestígios.

Em França, o urso-pardo é uma espécie legalmente protegida, classificada como Criticamente em Perigo. Em Espanha, este grande mamífero tem também vindo a crescer noutras regiões, incluindo as Astúrias, no norte do país. Aqui, a população local subiu de apenas 50 animais para um total de 370 no espaço de 30 anos.


Saiba mais.

Recorde sete curiosidades sobre o urso-pardo, aqui.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.