Floresta. Foto: Aymanjed Jdidi/Pixabay
Foto: Aymanjed Jdidi/Pixabay

Valença vai plantar árvores autóctones em redor de 12 povoações

A Câmara Municipal de Valença vai avançar com a intervenção em 12 manchas florestais, próximas a aglomerados populacionais, incluindo a plantação de árvores autóctones, anunciou o município.

Esta operação, chamada “Condomínios de Aldeia”, implicará um investimento de cerca de 575 mil euros e vai promover uma intervenção florestal à volta de 12 aglomerados populacionais das freguesias de Cerdal, Boivão, Gandra, Taião, Gondomil e Sanfins. “O objetivo é tornar estas áreas edificadas rurais menos suscetíveis ao fogo”, explicou a autarquia em comunicado enviado à Wilder.

Os trabalhos vão incluir ações de limpeza e desmatação, retirada de espécies exóticas, abertura e ou manutenção de caminhos florestais e plantação de árvores folhosas autóctones, mais adequadas à região e resistentes aos incêndios florestais.

Estas ações vão decorrer em áreas de terrenos baldios e privados, de acordo com os proprietários.

Ao longo dos últimos meses a Câmara Municipal organizou sessões de apresentação e esclarecimento sobre esta operação em todas as freguesias abrangidas.

Em Cerdal a operação vai decorrer nas áreas envolventes ao lugar de Gondelim.

Na União de Freguesias de Gandra e Taião estarão abrangidos os lugares de Felgueiras, em Taião e Mondim de Cima, Paço e Ozão em Gandra.

Na União de Freguesias de Gondomil e Sanfins, estarão abrangidos os lugares de Quebrada e Eiras em Sanfins, Laços, Pereiro, Silhães e Aldeia em Gondomil.

Na Freguesia de Boivão estará abrangido o lugar da Pedreira.

Além destas intervenções a Câmara Municipal vai promover ações de sensibilização para o uso do fogo em cada um dos aglomerados intervencionados.

A intervenção do município de Valença enquadra-se nas medidas do Fundo Ambiental, financiada a 100% pelo Programa de Recuperação e Resiliência, à medida “Condomínio de Aldeias”.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.