Faia da Polónia. Foto: Marcin Kopij

Faia da Polónia vence concurso da Árvore do Ano 2024

Pela terceira vez consecutiva vence a árvore nomeada pela Polónia, este ano uma faia da região de Niemcza, com 39.158 votos. A Camélia em Guimarães ficou em quarto lugar.

Em segundo lugar ficou outra faia, desta vez em França, com 24.807 votos. Em terceiro lugar ficou uma oliveira milenar italiana (13.933 votos) e em quarto a camélia-japoneira em Guimarães, com 13.508 votos.

Faia da Polónia. Foto: Marcin Kopij

Num ano em que a votação global totalizou 174.112 votos em 15 árvores candidatas, o concurso de 2024 foi organizado em parceria com o Ministério do Ambiente da República Checa e o Fundo Ambiental Estatal da República Checa. “As árvores devem ser tratadas como património natural e cultural”, afirmou, em comunicado, o Ministro do Ambiente, Petr Hladík.

O Concurso Árvore Europeia do Ano realiza-se desde 2011. Trata-se de uma iniciativa que todos os anos procura sensibilizar mais 200 mil pessoas para a protecção da natureza, promovendo o cuidado e a preocupação com 16 árvores, a unidade de 16 comunidades locais em torno de uma causa e ainda o orgulho de 16 países na sua herança natural.

Na edição anterior, foram registados 177.486 votos, tendo vencido o Carvalho Fabrykant, eleito pela Polónia. 

Portugal tem desde 2018 eleito espécies características dos sistemas agroflorestais mediterrânicos que têm ficado entre o 1º (Sobreiro assobiador) e o 6º (Castanheiro de Vales) lugar do concurso europeu. Na última edição foi o Eucalipto de Contige que alcançou o 5º lugar no concurso internacional com 10.281 votos.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.