Operação apreende aves exóticas em feira no Algarve

Dez aves exóticas foram apreendidas nesta segunda-feira na Feira da Praia, em Vila Real de Santo António, como resultado de uma operação de fiscalização que envolveu 13 operacionais.

 

Foram apreendidos dois periquitos-de-dorso-vermelho (Psephotus haematonotus), dois periquitos-rei-australiano (Alisterus scapularis), três roselas (Platycercus eximius), dois Pyrrhura (Pyrrhura molinae) e uma princesa-de-gales (Polytelis alexandrae), segundo uma nota da Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza (APGVN), enviada ontem à Wilder.

Além das aves foram apreendidas seis gaiolas.

De momento, os animais e as gaiolas encontram-se no Parque Natural da Ria Formosa, em Olhão, ao cuidado do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

As autoridades elaboraram o respectivo auto de contraordenação, “devido à falta de autorização e registo CITES”. Esta é a Convenção para o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens, que Portugal ratificou em 1981. Nela estão as listas de espécies que não se podem comercializar e aquelas que se podem desde que cumpram certas regras.

Participaram na operação cinco vigilantes da Natureza, dois técnicos do ICNF – CITES, quatro militares da GNR, dois agentes da PSP e um técnico do Departamento de Conservação da Natureza e das Florestas do Algarve, entidade que organizou a operação.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.