Floresta. Foto: Aymanjed Jdidi/Pixabay
Foto: Aymanjed Jdidi/Pixabay

Lançado projecto para melhorar protecção das Matas do Litoral

O projecto ShareFOREST, liderado pela Universidade de Aveiro, foi lançado a 1 de Março para melhorar a gestão e protecção das Matas do Litoral, devastadas pelos incêndios de 2017.

A equipa de investigadores – liderada por Elisabete Figueiredo, do Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território da Universidade de Aveiro, e por Eduarda Fernandes, do Instituto Politécnico de Leiria – está a trabalhar numa nova metodologia participativa.

Foto: Universidade de Aveiro

O objectivo é “promover a codecisão na gestão e ordenamento das florestas, reforçando os princípios de governança territorial, com a missão última de prevenir futuros fogos”, segundo um comunicado enviado hoje à Wilder.

A ideia do ShareFOREST surgiu na sequência dos incêndios de 2017 e do debate sobre as futuras decisões e acções de recuperação das florestas portuguesas.

O projecto assume como principal hipótese de investigação que “a participação do público e dos atores sociais nas decisões que afetam as florestas pode contribuir para melhores decisões, reduzir conflitos, aumentar a confiança e facilitar a aprendizagem entre os diversos atores envolvidos”.

Serão usados casos de estudo das Matas do Litoral mas os resultados desta investigação “serão úteis para a gestão participada em outras áreas públicas, bem como em áreas privadas geridas de forma agrupada (e.g. Zonas de Intervenção Florestal, Entidades de Gestão Florestal e Unidades de Gestão Florestal)”.

Foto: Universidade de Aveiro

O projeto ShareFOREST, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), será acompanhado por um conselho consultivo com representantes de entidades governamentais e não-governamentais especialistas na área das florestas e do fogo.

Nele participa ainda a organização não-governamental ambiental OIKOS.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.