Ophrys apifera. Foto: Luís Afonso

Descubra quais são as orquídeas favoritas deste fotógrafo de natureza

Luís Afonso tem passado uma boa parte dos últimos anos a conhecer e a fotografar orquídeas silvestres em Portugal. Fique a saber quais são algumas das suas espécies preferidas e porquê.

 

Luís Afonso completou há pouco tempo um projecto que lhe ocupou muitas horas ao longo dos últimos anos: fotografar todas as orquídeas do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, que somam 40 espécies e subespécies diferentes, incluindo híbridos e variações de cor.

As imagens que captou representam cerca de metade das orquídeas silvestres presentes em Portugal Continental.

E embora acredite que “podia fazer como é costume dos pais” e dizer que gosta de todas as orquídeas por igual, reconhece que “há sempre umas de que se gosta mais do que outras”. Assim, questionado sobre as suas preferidas, destaca quatro espécies de orquídeas e explica porquê:

 

1. Barlia robertiana

 

 

“Sendo uma das mais comuns no PNSAC, cedo chegou uma altura em que já não a conseguia fotografar. Mas ela conquistou-me com a sua variedade, a sua imponência – é a orquídea mais alta de Portugal, chegando alguns espécimes a medir mais de um metro de altura – e o seu carácter.”

O fotógrafo de natureza recorda que começou “a olhar para ela, para os detalhes dos seus “botões” quando as pétalas ainda estão recolhidas, para o desenho das suas folhas”. “É uma flor realmente espantosa, uma das poucas que já fotografei nas versões hipercromática e albiflora, que é como quem diz numa versão muito saturada em termos de cor e numa versão completamente branca.”

 

2. Anacamptis papilionacea

 

 

“Talvez uma das estrelas do PNSAC no que à flora diz respeito”, descreve-a Luís Afonso. “É muito bonita, com as suas pétalas em forma de lança, frondosas e com um rosa muito vivo.”

 

3. Cephalanthera longifolia

 

 

A Cephalanthera longifolia, “uma orquídea branca com um caule verde profundo”, também está entre as preferidas. “Habita na orla dos carvalhais e pinhais e é um raio de luz nesses habitats mais sombrios.”

 

4. Ophrys apifera

 

“Com o seu ar de abelha, foi a principal responsável por eu me ter apaixonado por estas flores. O seu sorriso aberto não deixa ninguém indiferente!”

 

[divider type=”thin”]Agora é a sua vez.

Recorde estas cinco pistas para encontrar orquídeas silvestres.

 

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.